A professora decadente
Foto: Açude do Goiti. Foto da Internet |
Outro dia ouvi a interessante
história de uma professora desesperada por atenção que pagou pelo afeto e apoio
dos seus alunos. Segundo relato fidedigno, a desesperada professora desembolsou
R$ 400,00 para pagar a festa junina dos seus amados alunos, muito embora esse
amor todo não fosse recíproco. A festa junina, em um conhecidíssimo bar de
Palmeira dos Índios, ocorreu com a sua presença – uma mulher de trinta anos que
ainda quer ser o encanto dos rapazes de dezessete.
Servindo como financiadora da
bebedeira de menores e maiores de idade e sendo a chacota icônica de toda a
juventude, a professora acreditava que estava sendo apenas cool – um ledo engano que ela perpetua em sua mente ingênua. Os
relatos da festa incluíram as risadas sobre a corrupta docente que tentava
trocar dinheiro, bebida e festas pelo apoio incondicional
de alunos e colegas de trabalho. O ridículo da situação assentava-se ainda, em
ação contínua, no fato de que os próprios colegas de trabalho a chamavam, e
ainda o fazem, de “travesti” – sempre que ela aparecia em um evento escolar ou
em uma dessas festinhas maquiada. Os alunos, mais ingênuos, desferiam, e ainda o
fazem, likes nas redes sociais como
meio de aplacar a carência inata da trintona. E como ela acredita que tudo o
que existe no mundo virtual é virtuoso, seu ego era, e é, sempre massageado
pelas mentiras e falsidades que seus amados alunos distribuem via smartphone.
A festa junina, financiada em
grande parte pela coitada, tornou-se rotina anual. Bom para os alunos, melhor
ainda para ela que se mantém de aparência e pelo fingido “amor incondicional”
de quem ela tenta comprar. E o melhor de tudo sempre surge depois da festa –
quando todos relembram os fatos ocorridos na noite junina e veem as fotos que a
decadente professora tirou de si ou em companhia de outrem.
E assim é, também, o São João de
Palmeira dos Índios.